SANTA CATARINA

MAPAS DE ABRANGÊNCIA - FASE V E FASE VI

A MATA ATLÂNTICA NO ESTADO DE SANTA CATARINA

“Com uma extensão territorial de 95.985 km2, dos quais 85%, ou 81.587 km2, estavam originalmente cobertos pela Mata Atlântica, Santa Catarina situa-se hoje como o terceiro Estado brasileiro com maior área de remanescentes da Mata Atlântica, resguardando cerca de 1.662.000 hectares (16.620 Km2), ou 17,46% da área original. Registra-se que a área do Estado corresponde tão somente a 1,12% do território brasileiro. Esses dados bem ilustram a crítica situação atual da Mata Atlântica”.

“De acordo com o Mapa Fitogeográfico do Estado de Santa Catarina, a cobertura florestal do Estado está subdividida em Floresta Pluvial da Encosta Atlântica, Floresta de Araucária ou dos Pinhais e Floresta Subtropical da bacia do Rio Uruguai. A Floresta Pluvial da Encosta Atlântica, também conhecida como floresta ombrófila densa, juntamente com seus ecossistemas associados, manguezais e restingas, cobria 31.611 km2 ou 32,9% do território catarinense. A Floresta de Araucária, definida como floresta ombrófila mista, cobria 40.807 km2, ou seja, 42,5% do território do Estado, compondo assim a cobertura florestal predominante. A Floresta Subtropical da Bacia do Rio Uruguai, ou floresta estacional semidecidual, por sua vez, cobria 9.196 km2, perfazendo 9,6% da cobertura florestal de Santa Catarina. Estima-se ainda em 14,4% (13.794 km2 ) a área de campos e em 0,6% (575 km2) as porções com floresta nebular”.

“Da área original de floresta ombrófila densa restam cerca de 22% (7.000 km2), distribuídos em remanescentes florestais primários ou em estágio avançado de regeneração. A maior extensão da área ainda coberta por florestas no Estado é representada por fragmentos de floresta ombrófila densa”.

“A floresta ombrófila mista, que se constituía na formação florestal predominante do Estado, foi alvo de intensa e predatória exploração madeireira, estando hoje numa situação extremamente crítica. Vários núcleos de floresta ombrófila mista são também encontrados na região da Floresta Pluvial Atlântica, destacando-se os núcleos situados nos municípios de Antônio Carlos, São João Batista, Lauro Müller, Sombrio e Major Gercino”.

“A floresta ombrófila mista compõe uma vegetação de ocorrência praticamente restrita à região Sul do Brasil. Hoje seus remanescentes, extremamente fragmentados, não perfazem 5% da área original segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (2000), ou 3% segundo FUPEF (1978), dos quais irrisórios 0,7% poderiam ser considerados como áreas primitivas, as chamadas matas virgens”. (Fonte: *1)

ÁREA DE ABRANGÊNCIA

Fase

UF

Área da UF

Área Terrestre

% da UF (Terrestre)

Área Marinha

Total (Terrestre + Marinha)

Fase V

SC

9.573.850

4.653.097

49%

125.311

4.778.409

Fase VI

4.706.180

49%

455.755

5.161.935

PRINCIPAIS ALTERAÇOES OCORRIDAS NA FASE VI - DESCRIÇÃO E JUSTIFICATIVA

No Estado de Santa Catarina as principais alterações ocorridas da Fase V para a Fase VI foram devido a:

  1. Refinamento da delimitação da RBMA a partir da elaboração de sua cartografia digitalizada, de dados e informações disponibilizadas pela FATMA e do mapeamento de áreas definidas como prioritárias para a conservação pelo Estado e pelo Ministério do Meio Ambiente.
  2. Adequação do zoneamento da RBMA no Estado em consonância com o estabelecido no Manual de Revisão – Fase VI.
  3. Criação de novas unidades de conservação de proteção integral, terrestres,costeiras e marinhas, consideradas como zonas núcleo, com suas respectivas zonas de amortecimento e transição, destacando-se os parques nacionais da Serra do Itajaí e das Araucárias; os parques estaduais Fritz Plaumann,das Araucárias e do Rio das Canoas; a Reserva de Vida Silvestre dos Campos de Palmas;os parques municipais da Galheta e do morro do macaco e RPPNs Chácara Edith e do Caetezal.
  4. Criação da Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca , unidades de conservação de uso sustentável, com definição de área de alta restrição de uso na região de ocorrência e procriação da baleia franca .
  5. Ampliação Significativa de área de RBMA na região costeira e marinha incluindo zonas núcleo, de amortecimento e de transição em áreas consideradas de muito alta e extrema prioridade para conservação pelo Estado e pelo mapeamento do Ministério do Meio Ambiente.
  6. Ampliação de zonas de amortecimento, em terras indígenas, quilombos e áreas de preservação permanente, delimitadas e priorizadas para formação de corredores de matas ciliares na divisa com o Estado do Paraná.
  7. Readequação do zoneamento na área da Ilha de Santa Catarina integrando o zoneamento da RBMA com o Plano Diretor do Município de Florianópolis.
  8. Inclusão de remanescentes, como zonas de amortecimento e transição, visando a conectividade e a formação de corredores ecológicos entre unidades de conservação na divisa do Estado do Rio Grande do Sul.

ÁREAS PROTEGIDAS POR TIPO DE ZONA - FASE VI

Vide tabela no Anexo 01.